2014 e 2015 liderando sozinha
2014 ficou marcado como o ano do grande salto da Xiaomi. Naquele período, a chinesa comandada pelo bilionário Lei Jun alcançou a marca de 5% do mercado global contra 1.8% no ano anterior. No período entre abril e maio daquele ano, a empresa vendeu 15.1 milhões de aparelhos, alcançando a 5ª colocação.
Ainda segundo a Strategy Analytics, esses números impressionantes vieram do crescimento na China e do aumento na oferta de canais de venda online, ajudando na distribuição massiva dos aparelhos. Naquele ano, a intenção da Xiaomi era expandir para o mercado global mas na época ainda existia o temor da capacidade de expansão de uma marca completamente desconhecida no mundo.
Para isso a chinesa fez uma grande aquisição: trouxe Hugo Barra, ex-líder de produto da divisão do Android.
Mas tudo viria a mudar no ano seguinte, quando o cenário encontrado pela jovem empresa foi bem diferente dos anos anteriores.
Em 2016 o cenário mudou completamente. Se a empresa começou liderando as vendas com 26% de todas as vendas da China, o quadro da IDC que você vê a seguir mostra como tudo mudou tão rápido. A Oppo roubou a coroa da Xiaomi e a ex-líder sofreu muito com o crescimento de outras gigantes como Apple, Vivo e Huawei.
Não atoa, a Xiaomi começou a investir na Índia, outro grande mercado potencial. Por lá, em pouco tempo a empresa conseguiu se tornar a segunda empresa que mais vende smartphones, ficando atrás apenas da Samsung. Além disso, passou a expandir sua presença para outros segmentos como TV's, drones e relógios inteligentes.
2018 e 2019: crescimento global
Em 2018 a Xiaomi aumentou sua parcela no mercado indiano e roubou a coroa da Samsung. No quadro abaixo é possível conferir a posição das duas empresas. No período entre maio e junho do ano passado a chinesa conquistou 29.7% das vendas por lá, enquanto a Samsung ficou com 23.9%.
O crescimento global fez com que em março desse ano, a Xiaomi anunciasse que 40% de todas as suas receitas vem de mercados fora da China. Na Europa hoje a empresa ocupa a quarta colocação. Essa estratégia em ampliar a participação no mercado externo vem em um período de desaquecimento da economia chinesa.
Em 2018 a empresa vendeu 123 milhões de smartphones, colocando-a na quarta posição quanto o assunto é venda de smartphones com 7% de market share. Ano passado foi também o ano em que a companhia decidiu separar a marca Redmi para traçar estratégias específicas para mercados emergentes.
Falando em mercados emergente, no Brasil sua volta é aguardada e diversos rumores dão conta de que não deve demorar muito para que isso aconteça.
Superando as expectativas pessimistas de 2015 que diziam que a Xiaomi era muito dependente do mercado chinês e que dificilmente isso iria mudar, hoje a empresa se tornou uma das maiores do mercado, competindo com empresas tradicionais como Samsung e deixando para trás o estigma de "Apple da China". A Xiaomi hoje é uma empresa que fabrica desde drones até smartphones e tem fãs espalhados pelo mundo inteiro.
Errata: Xiaomi não vai entrar no setor automobilítico. O carro amplamente divulgado contará apenas com o apoio de software da chinesa. [07/04/2019]
Fontes: Forbes, Business Stantard, Android Authority, Tecnoblog, The Economic Times, ZDnet, The Financial Times, Android Central, Gizmodo China
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