Opinião: Samsung Galaxy Fold não foi feito pra ser barato e nem acessível

A Samsung anunciou ontem (20) o seu smartphone mais inovador em muito tempo: o Galaxy Fold. O aparelho apresentado na Unpacked 2019 conta com configurações monstruosas como a opção entre 8 GB ou 12 GB de memória RAM e até 1TB de armazenamento interno. Mas nem tudo são flores e o valor de US$1,6 mil assustou quem esperava por algo mais próximo dos US$1 mil. Mesmo assim, críticas ao valor do Galaxy Fold não fazem sentido.

Primeiro temos que analisar a natureza e o objetivo do aparelho: o Galaxy Fold é o primeiro smartphone da Samsung e um dos primeiros do mundo com a tela dobrável. O trabalho de engenharia feito para que o aparelho fosse útil tanto como smartphone quanto tablet não é algo que o mercado e muito menos as fábricas estavam acostumadas.

Além disso, todos os dispositivos que ainda devem ser anunciados na MWC 2019 provavelmente não devem estar em um padrão ideal de aparelhos. Serão espessos, provavelmente ainda lentos na transição entre tablet e smartphone ou até mesmo com bordas exageradas e pesados. Mas não é assim que toda a tecnologia começa? Apenas a atitude dessas empresas em finalmente trazer a luz os displays dobráveis já é algo que merece ser aplaudido.

Isso sem contar que o Galaxy Fold é um smartphone premium com 1 câmera com sensor de 16MP (f/2.2), outras duas de 12MP (uma com f/1.5 e outra f/2.4), outra selfie de 10MP (f.2), mais outra de 8MP (f/1.9) e por último outra de selfie com 10MP (f/2.2). São seis câmeras em um único aparelho. O que, obviamente, reduziu consideravelmente as chances do dispositivo sair barato.

Com o tempo, mudanças devem acontecer e o aperfeiçoamento está dentro desse pacote. Versões mais baratas do produto devem ser lançadas tornando a ideia mais acessível para todos. Foi assim com a tela multitouch, com o sensor de digitais, com a câmera dupla, com aparelhos acima de 4GB de RAM e com várias outras inovações do mercado. Tudo natural como sempre. Segue o jogo.