O Windows 10 Mobile está em seus últimos dias. O suporte ao sistema da Microsoft termina dia 10 dezembro desse ano e apenas atualizações de segurança estão sendo feitas nos últimos meses. Mas, como é a experiência de usar um aparelho com a antiga grande promessa mobile da Microsoft no ano que o suporte termina?
Para fazer o teste, tirei da gaveta o meu antigo Nokia Lumia 730, lançado em 2014. Cinco anos depois do seu lançamento, ele continua funcionado quase que perfeitamente. Suas câmeras tiram as mesmas fotografias com excelente qualidade de um intermediário da época, a tela possui um excelente balanço de cores graças a tecnologia Clear Black, sistema fluído e tudo mais. O "quase" se refere a bateria que, graças a um defeito, não aguenta mais do que 3 horas fora da tomada (esse, inclusive, foi o motivo de ter que abandonar o aparelho).
Mas, deixando os aspectos referentes a hardware de lado, vamos ao foco: o Windows 10 Mobile. Ele conta com a Redstone 2, última grande atualização lançada para o aparelho. Ok, não é a mais recente mas algumas dificuldades que passei - e que você vai conferir a seguir -, independem disso.
Primeiro, ao ligar o smartphone me deparo com ele do mesmo jeito que deixei ele em agosto de 2017. A mesma tela, as fotos todas ali. Mas, a experiência com o aplicativo do Facebook continua mais terrível ainda. Travado e lento, a rede social mais usada no mundo não oferece uma boa experiência para o usuário no Windows 10 Mobile. Também, o app portado do IOS, não teve muitas mudanças desde que saí da plataforma, continua a mesma coisa ruim de sempre.
Tudo ficou ainda mais triste quando entrei no app da Netflix e do banco Bradesco. O primeiro é basicamente uma versão do website do streaming, o que impossibilita de baixar filmes e séries. Lembro, inclusive quando ainda utilizava a plataforma e existia uma expectativa para que a empresa lançasse uma atualização. Em vão.
Gif da série Young Justice. No Android posso assistir offline, já no Windows 10 Mobile apenas com internet disponível |
O aplicativo do banco continua o mesmo desde as olimpíadas de 2016. Nada mudou. A Bia, assistente pessoal lançada pelo Bradesco para facilitar operações no app, passou bem longe dali.
Agora, a loja de aplicativos é algo ainda mais triste. A impressão que se tem é de estar em um The Walking Dead virtual. Cheio de aplicativos, mas todos abandonados. A aba "novidades" parou em 2017 ou até antes disso. Outro aspecto que me fez lembrar da triste história do sistema, foi a presença de aplicativos de serviços Google não oficial, já que a empresa se negou a lançar qualquer aplicativo oficial na plataforma.
G Drive (client for Google Drive) é apenas um dos vários exemplos de cópias que tentam tapar o buraco da falta de aplicativos oficiais |
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