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Oppo e Vivo fazem corte drástico na margem de lucro de varejistas na Índia e sofre forte boicote


As gigantes chinesas Vivo e Oppo vêm enfrentando sérios problemas em um dos mercados mais importantes do mundo, a Índia. Juntas, elas possuem 17% de market share, o que as torna importantes empresas por lá. Mas, em um movimento que também foi visto na China, ambas as empresas resolveram reduzir a margem de lucro dos comerciantes locais.

Com isso, cada uma perdeu 10 mil dos 70 mil pontos de venda no país, o que pode prejudicar consideravelmente a margem de lucro das empresas no país. Empresas como Sangeetha Mobile, Big C, Lot Mobile, Poorvika, Mobiti World e Hotspot deixaram de vender produto das duas marcas ou reduziram a visibilidade dos produtos na loja. Juntas, essas cadeias de lojas possuem 1300 pontos de venda.

A margem de lucro foi cortada de 23-25% para 14-15%. Para lojas autônomas o corte foi ainda maior: de 15-16% para 5-6%.

Um líder de uma grande loja que não quis se identificar disse que o boicote deve afetar consideravelmente a margem de lucro de ambas as empresas e as suas vendas no país. A Oppo respondeu as críticas dizendo que algumas lojas não estavam conseguindo vender aparelhos devido a introdução de um novo imposto de bens e serviços, mas sem dar detalhes do impacto real disso nos produtos. 

A Vivo negou veementemente que sua rede de lojas tenha encolhido e ainda prometeu aumentar os pontos de vendas para esse ano.

O CEO de uma grande varejista afirma que ambas as empresas tiveram que diminuir sua margem de lucro por pressão em se tornarem mais lucrativas. Segundo ele: "Elas estão replicando a estratégia adotada na China de desacelerar o alto investimento depois de atingir uma certa escala."

O movimento da empresa em aumentar as margem de lucro faz sentido já que, em vendas, ambas não vem decepcionando, mas a Vivo, por exemplo, vem enfrentando dificuldades em obter lucro.

Mesmo que não seja um mercado tão importante como a China, a Índia tem um público consumidor em potencial muito grande. Por ser o segundo país com mais pessoas online, o primeiro em número de usuários no Facebook e com um público consumidor de aparelhos intermediários muito grande, as marcas chineses tem tendência a crescer por lá. Mas, essas dificuldades enfrentadas por ambas acaba abrindo mercado para outras marcas também muito conhecidas pelo público como Lenovo e Xiaomi.

Fonte: The Financial Times

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