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SoundCloud despede 40% de seus funcionários e está perto da falência; saiba quais são os motivos dessa atual situação


O Soundcloud, famoso serviço de armazenamento de arquivos de áudio, está passando por uma crise aguda que chega agora ao seu ápice. Apenas essa semana o quadro de funcionários foi reduzido em 40%, demitindo assim, 173 funcionários. Além disso, a empresa recentemente fechou seus escritórios em São Francisco e Londres. A ideia é manter o serviço funcionando até que seja encontrada alguma maneira de mante-lo vivo.

Vale lembrar que essa situação dramática é notada a algum tempo. Fundada em 2007, a Soundcloud nunca conseguiu se manter um ano sequer no saldo positivo, tendo recebido nos últimos anos vários investimentos. Em 2015 a empresa recebeu 21,1 milhões de euros em investimentos (com perdas de 51,22 milhões) e apenas em junho de 2016 recebeu 93,9 milhões. A empresa é avaliada hoje em cerca de 657 milhões de euros.

Com esse quadro dramático nas contas, algumas gigantes de tecnologia se interessaram na compra da empresa. Tivemos o Spotify que logo desistiu temendo arranhar sua imagem (a empresa pretende abrir seu IPO esse ano). Além disso, uma fonte do Spotify afirmou que teria que ser feito um trabalho muito grande na negociação com gravadoras sobre o conteúdo produzido no Soundcloud, levando em consideração, principalmente, que muito conteúdo presente por lá acaba usando partes de músicas produzidas por artistas.

O Twitter e a Google aparentemente desistiram do negócio. A Google estaria disposta a oferecer US$500 milhões, mas o Soundcloud se nega a ser vendido por menos de US$1 bilhão. Levando em consideração o recente conteúdo da carta divulgado pela empresa que cita que pretende manter sob controle "um futuro independente", as negociações com a gigante de buscas parecem ter esfriado de vez.

Mas, afinal, o que teria levado o Soundcloud a passar pelo seu momento mais crítico da história? Bom, segundo o usuário anônimo thowaway999, que afirma ser um ex-diretor diretor do departamento de engenharia, os problemas de organização, de confiança entre os funcionários e ainda: "um incestuoso clube de meninos brasileiros" que criou um ambiente caótico e muito difícil de trabalhar são motivos fundamentais para essa crise. Sim, isso mesmo, brasileiros estariam oprimindo outros funcionários e prejudicando o convívio entre eles.

Com 175 milhões de usuários pelo mundo e uma plataforma que já foi o primeiro passo de artistas renomados como a Lorde, fica a torcida para que o Soundcloud encontre finalmente o seu caminho e não venha a ter um triste fim como o Last.fm.