Para quem acompanhou o começo da onda de produção no Youtube, deve estar impressionado com a quantidade e a qualidade do material hoje publicado na plataforma de vídeos. Afinal, em 2012 não tínhamos nem a denominação dessas pessoas que dedicam sua vida a ganhar visualizações, curtidas e inscritos.
Com o aumento no número de interessados em se tornar um astro no Youtube, aumentou também a concorrência, o que tornou o espaço antes pouco habitado, em uma verdadeira arena sangrenta em que praticamente vale tudo para se tornar o assunto do momento ou chamar a atenção de quem está passando pelos vídeos.
São vídeos com placas sendo destruídas, materiais perigosos sendo ingeridos, desafio de prender a respiração, desmaio.., poderia ficar o dia inteiro dando exemplos, mas já ficou claro que os conteúdos, no geral, se tornaram cada vez mais apelativos. Esse conteúdo, de fácil acesso e amplamente divulgado através das redes sociais, acaba atingindo desde crianças a adultos, sem nenhum tipo de restrição de conteúdo.
No último domingo, foi exibida no SBT uma reportagem que traz casos dramáticos de acidentes e até mortes causados por esses desafios. Foram mostradas reportagens e até entrevistas, como a que você vê na foto de capa desta matéria. Tudo isso foi para acender um debate que merece ser cada vez mais discutido: a que ponto os Youtubers devem ser responsabilizados por isso? Os pais que devem sempre cuidar do conteúdo que seus filhos assistem? E o que o Youtube deve ajudar para que casos extremos de acidentes com queimaduras e mortes influenciados pelos desafios propostos na plataforma não aconteçam?