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Galaxy Note 7 causou 26 casos de queimaduras só nos EUA; prejuízo deve superar US$ 1 bilhão


De longe, a maior polêmica do mundo da tecnologia em 2016, até agora, tem sido as dezenas de casos de explosões e queimaduras causados pelo Samsung Galaxy Note 7, Phablet da sul-coreana que já vendeu mais de 2,5 milhões de unidades pelo mundo.

Com lançamento adiado para vários países (incluindo o Brasil), a Samsung oficializou ontem (15) o recall do aparelho nos EUA e apresentou números oficiais dos prejuízos e casos graves causados pelo aparelho top de linha da empresa.

Oficialmente serão removidos mais de 1 milhão de aparelhos. Segundo a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC em inglês), oficialmente ocorreram 92 casos de superaquecimento, sendo 26 informes de queimadura e 55 de danos materiais.

Outros números importantes: em apenas dois dias, a empresa desvalorizou US$ 20 bilhões, valor que pode ser recuperado com o tempo, mas que deve demorar para que isso aconteça, devido ao tamanho do rombo e a queda na confiança do mercado na Samsung. Mas, um número que surpreende ainda mais são os US$ 1 bilhão estimados em gastos apenas com o recall dos smartphone, o que inclui o recolhimento dos aparelhos e o custo de fabricação para que os novos aparelhos sejam feitos e entregues aos usuários.

Ontem tivemos, ainda, o pedido de desculpas de Tim Baxter, presidente e COO da Samsung America. Em um tom melancólico, Baxter pede que os usuários prejudicados troquem seus Galaxy Note 7 o mais rápido possível e que vai fazer o possível para recuperar a confiança dos usuários.


Com a proporção e com a quantidade de casos relatados, dificilmente a Samsung vai recuperar a confiança do mercado e dos consumidores em um curto prazo.

Não estamos falando de qualquer aparelho da empresa e sim de um dos pilares da Samsung e um dos smartphones pioneiros quando o assunto são telas grandes. Se a companhia achava que poderia diminuir os custos com marketing e publicidade que são astronômicos, agora há de serem feitos ainda mais investimentos para limpar a imagem da empresa que está bastante desgastada com esse caso.

Apesar de já terem acontecidos vários casos de smartphones de marcas diferentes entrando em combustão espontânea, nunca na história recente dos aparelhos espertos aconteceram tantos casos concentrados em apenas um aparelho e muito menos com toda essa dimensão.

Com o lançamento do Galaxy S7 e suas boas vendas, parece que a Samsung terá uma época de final de ano bem diferente da imaginada. É, parece que esse não foi o ano certo para alinhar a linha Note com a Galaxy.