Apesar de já terem sido anunciados em sua versão rudimentar em 1977, foi a Sony em 2012 que inaugurou a era moderna dos smartwaches, relógios inteligentes que, integrados aos smartphones, possuem funções que facilitam o dia a dia do usuário.
Mas, mesmo depois de tantos lançamentos, updates e correções, os relógios inteligentes ainda não conseguiram provar a sua utilidade. Afinal, eles são apenas uma extensão básica do smartphone ou podem ser algo mais?
Em 2015 a grande esperança era que a Apple poderia revolucionar esse meio, assim como fez com os smartphones em 2007 e com os tablets em 2010, mas estava muito enganado quem pensou isso. A empresa, conhecida em outros tempos por mudar a forma como as pessoas viam o produto e mostrar a sua utilidade para as pessoas, não lançou nada mais do que uma versão cara e luxuosa do que já estava disponível no mercado, o que deixou estável um mercado que poderia ter sido revolucionado pela empresa.
Muitos problemas
O mais complicado na relação com os smartwatchs é tentar ver algum futuro para este aparelho. Sendo pequenos demais, ler twitts nele se torna uma experiência terrível, o que só é solucionado com um par de fones de ouvido para que a mensagem seja ouvida.
Suas telas, pelo tamanho da bateria que as comportam, precisam ser pequenas e de resolução baixa, afinal, se já não basta se preocupar em carregar o smartphone, ter que se preocupar em ficar pendurado em uma tomada para carregar o relógio, não parece ser uma tarefa muito agradável.
Levando em conta esses problemas, os relógios inteligentes se tornaram aparelhos de luxo, para quem gosta de experimentar tecnologias novas e possui condições financeiras de sustentar isso. No mais, as empresas estão longe de mostrar para o consumidor, no geral, por quê ter um smartwatch é tão essencial como ter um smartphone e, acima de tudo, o que eu posso fazer sem ter que ter um smartphone por perto.
Mesmo com isso, smartwatches vendem como água no deserto
Mesmo sendo a empresa tem um dos preços mais elevados no mercado de smartwatch - com preço médio de US$450 -, a Apple lidera com folga. Apesar de não divulgar os números das vendas, segundo a empresa Bernstein Reaseach, em seu primeiro de comercialização o Apple Watch vendeu 12 milhões de unidades o que a deixa com mais de 50% participação de mercado.
A Samsung, uma das empresas que mais possui modelos disponíveis no mercado, ficou em segundo lugar, de acordo com dados do quarto trimestre do ano passado.
Apesar das boas vendas, as gigantes de tecnologia devem permanecer atentas às novidades e melhorias de suas respectivas plataformas. Com poucas novidades e muitos problemas, esses números podem apenas transmitir a empolgação inicial com a novidade, mas podem desanimar o consumidor a médio prazo com a sua falta de utilidade.
Fonte da imagem: Apple