Em uma decisão que já deveria ter sido tomada à meses, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, anunciou a sua renúncia na última quarta-feira (10). Depois de várias falas com posicionamentos que sempre tendiam para o lado das operadoras o, agora ex-presidente alegou motivos pessoais para anunciar a sua renúncia tanto do cargo de presidente da agência como também conselheiro da Anatel.
É interessante observar que João Rezende deixa o cargo meses depois de vários polêmicos pronunciamentos feitos pelo então presidente desde abril deste ano. Uma das frases que com certeza vai marcar o ano de 2016 no mundo da tecnologia é: "A era da banda larga fixa ilimitada acabou".
A oferta tem que ser aderente à realidade. Nem todos os modelos cabem a ilimitação total do serviço, porque a rede não suporta. Essa questão do 'infinito' acabou educando mal o usuário.
Logo após isso, vimos o posicionamento do Ministério das Comunicações presidido, até então, por André Figueiredo que exigiu medidas da Anatel que passassem a pressionar, também, as operadoras, para que elas cumprissem os contratos firmados com os seus usuários. Já que muitos usuários desconheciam do limite da banda larga e como ele iria funcionar.
De lá para cá foram várias as campanhas contra o limite da internet, pronunciamento do novo Ministério da Comunicação já no governo do presidente interino Michel Temer e até mesmo um recuo da agência que, pressionada, teve que mudar o seu posicionamento sobre o limite.
Com tantas polêmicas em menos de 8 meses, é difícil não acreditar que a pressão popular e dos órgãos de defesa do consumidor não tenha influenciado na saída do cargo. Já vai tarde João Rezende e, por favor, se mantenha bem longe da Anatel!
Fontes: G1 e Folha de S. Paulo