A Anatel, em específico o João Rezende, presidente da agência, não para de surpreender a cada dia e, infelizmente, não é positivamente. Em um evento promovido pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint). Ele disse que a legislação não impede que as empresas limitem o consumo de dados, e que interferir nos modelos de negócio seria um desincentivo à expansão de rede.
Em outras palavras, a Anatel praticamente 'lavou as mãos', disse que não pode fazer nada e que as operadoras é que decidem a forma como vão funcionar aqui no Brasil. Esse argumento possui uma grande contradição, afinal, se este modelo de negócio incentiva a expansão de rede, qual é o motivo de termos apenas nove operadoras no Brasil, sendo quatro as que controlam grande parte do território?
Como já foi dito aqui várias vezes, está claro que a Agência regulamentadora possui uma posição que tende a ser muito mais favorável para as operadoras do que para o consumidor.
O que mais temo é que agora que o assunto esfriou, as operadoras possam achar que podem fazer o que bem entendem. Pra que isso não ocorra, é mais do que necessário que a pressão popular continue. Limitar a internet vai muito além do Netflix, ele afeta todo os usuários de internet, desde escolas, até empresas de grande porte.
Fonte: Valor, Convergência Digital
Via: Tecnoblog