E foi dada a largada. A Motorola foi a primeira empresa gigante a tomar a dianteira e a se arriscar no lançamento de um smartphone top de linha sem a tradicional saída para fone de ouvido de 3.5 mm. Assim como aconteceu quando os rumores de que a Apple iria adotar a extinção, a opinião pública se dividiu quanto ao assunto.
Os que são a favor da saída do conector defendem que a tecnologia deve evoluir e que as pessoas precisam se acostumar a usar fones bluetooft, que é considerado, por eles, algo mais prático do que os fones convencionais com fio.
Já os que são contra defendem que não é vantajoso ter que optar em escutar música ou carregar o smartphone se, hoje, o usuário pode fazer os dois. Isso acarretaria, segundo eles, em uma perda de uma vantagem que ter duas entradas proporciona, sem contar no custo a mais para adquirir um fone com a tecnologia sem fio.
Como já manifestei aqui outras vezes, defendo o segundo argumento mas, caso a saída seja realmente extinta em todos os próximos grandes lançamentos e, futuramente, até mesmo nos aparelhos intermediários, acho interessante que as fabricantes tomem as seguintes medidas para mostrar aos consumidores o que pode ser vantajoso para nós a extinção da saída para fone de ouvido.
Tira a saída para fone, mas e a bateria?
A retirada da saída para fone de ouvido é, pelo que constata-se no Moto Z, uma questão estética. O smartphone ficou tão fino que uma entrada para fone de 3,5 mm ficaria inviável, além disso, como a própria Lenovo disse, foi uma opção da empresa que, como já disse, demonstra um pioneirismo apressado.
Mas, afinal, por que o usuário terá que usar um adaptador ou algo do tipo? Qual é a finalidade em mudar todo um formato? Bom, o argumento que poderia ser usado é o de dar mais espaço para a bateria, por exemplo, o que poderia trazer um aumento na duração.
Isso, infelizmente, não condiz com a realidade do smartphone "pioneiro" da Lenovo. O Moto Z conta com apenas 2.500 mAh de bateria. Ok, isso não quer dizer que ele terá pouca autonomia, mas, custava colocar, com o espaço ganho tirando a saída para fone de ouvido, mais mAh de bateria?
Faltam explicações sobre a retirada. Isso não é apenas algo que se tira de um smartphone igual a Samsung que retirou a entrada para cartões SD do Galaxy S6. É um novo formato para se escutar música, uma nova forma que, futuramente, pode representar um custo maior ao consumidor.
É nítido que isso representa uma mudança que, aos olhos de alguns usuários, pode ser algo vantajoso. Mas, acredito que a Motorola deveria ter uma posição mais clara quanto a retirada a saída.
Fonte das imagens: Droid Life e Olhar Digital