Culpando a queda na venda do mercado de smartphones, a Sony divulgou, junto com o seu relatório para o ano fiscal de 2016, uma previsão de queda em 20% na venda dos smartphones Xperia. Para ser mais exato: de 24,9 milhões para 20 milhões de unidades vendidas.
A estagnação ou até mesmo a queda que deve ser anunciada nas próximas semanas pelas empresas já era esperada. O boom dos smartphones está acabando e, provavelmente, viveremos nos próximos meses um período de maior estabilidade nas vendas.
Mas, dificilmente essa queda será grande para todas as empresas, umas devem sentir mais que as outras esse mercado mais morno. Entretanto há de se notar que, no caso da Sony, a queda está longe de estar relacionada apenas com um mercado atípico, a empresa tem uma grande parcela de culpa nisso.
Novas versões, ideias antigas
O design dos Xperias é um dos mais bonitos entre todos os smartphones. Retangular com pontas arredondas os aparelhos criaram identidade e são a marca registrada da Sony nos smartphones. Mas, o design que não sofre grandes mudanças desde a primeira versão somado com pouquíssimas (às vezes nenhuma) diferença, é, com certeza, um dos pontos que afastam o consumidor de uma possível compra.
Na maioria das vezes, as mudanças foram tão sutis que uma pessoa teria que ficar um bom tempo mexendo e usando dois modelos de smartphones tops de linha para notar a diferença que, nesses casos, ficava apenas no número da versão.
Preço padrão Apple e falta de novidades mais baratas
A Sony sempre gostou de cobrar um alto preço para os seus produtos. E nos smartphones isso nunca foi diferente. Mas, com a falta de novidades nos aparelhos, o preço alto chegou a um patamar que chega a ser cômico. Afinal. por que eu vou comprar um Xperia Z5 se ele é praticamente a mesma coisa que o Z4? O preço não justifica!
Somando isso a falta de novidades em smartphones mais baratos, não é difícil notar que a empresa vem tendo dificuldades em vender novos aparelhos.
Caso os rumores de que a Sony vai abandonar de vez os aparelhos intermediários e vai focar na linha X estejam certos, a companhia teria que fazer, das duas uma: Ou ela continua praticando um preço estratosférico para manter a sua margem de lucro e melhorar a rentabilidade do mobile ou ela baixa o preço dos tops para vender mais e atrair mais consumidores. Bom, pelo histórico da empresa já sabemos o que ela deve escolher.
É decepcionante ver mais uma gigante tendo dificuldades para se manter no competitivo mercado de smartphones. Mas, mantendo a ideia de que "quanto mais caro for, melhor", não serei eu que vou comprar um aparelho da marca por pena.
Fonte das informações: Tecmundo