O que os dois tem em comum? Ambos são apps de sucesso e estão causando polêmica em vários países devido a regulamentação de serviços que antes não existiam na internet. No caso do Brasil o UBER é, dentre os dois, o que mais vêm causando burburinho chegando ao ponto de estados como o Rio de Janeiro criarem projetos de lei que punem apps desse tipo. Mas será que isso é realmente necessário? Ou é apenas medo da concorrência?
Surpresa!
No meio de toda a confusão que se formou em torno desses apps é nítido notar que o mercado, no geral, se surpreendeu com a chegada deles no mercado. No caso do Netflix, antes, ao menos aqui no Brasil, para assistir conteúdo de qualidade você basicamente teria que pagar por um pacote extra na sua tv por assinatura ou desligar a tv e ver o que te agrada na internet como os canais no Youtube, por exemplo.
No caso do UBER a polêmica é ainda mais delicada: é nítida a insatisfação que muitos brasileiros tem com o atual serviço de táxi prestado e o UBER surgiu como uma excelente alternativa principalmente se levarmos em consideração que os carros, no geral, são mais bem equipados do que os táxis comuns.
Como sempre acontece com a chegada da concorrência, as atuais prestadores de ambos os serviços não ficaram satisfeitas e, é claro, começaram a reclamar do serviço usando argumentos, digamos, não muito válidos.
- Caso Netflix
Se pararmos para pensar, então serviços como o Youtube também deveriam ser tributados? Hora, o famoso serviço de vídeos online da Google também funciona através da internet e "colhe os seus frutos" a um bom tempo, o que difere ele do Netflix? O fato de o segundo oferecer filmes e séries? Mas como funcionaria a lei? "Será tributado todo o serviço que transmita séries e filmes e que começa com N e termina com X". Será que assim ficaria bem claro?
A impressão que da é a de que isso não passa de simples medo. Se for o caso, criem um aplicativo concorrente, façam descontos, criem uma alternativa, beneficiem os consumidores que reclamam constantemente dos seus serviços! Há tantas soluções diferentes de entrar em guerra com um serviço que tem beneficiado tantas pessoas...
Usando como exemplo a declaração dada pelo presidente da Anatel, João Resende sobre as críticas das operadoras ao WhatsApp: "As operadoras terão de conviver com o mundo da internet, não tem saída".
Fontes: Tecmundo e Destak
A impressão que da é a de que isso não passa de simples medo. Se for o caso, criem um aplicativo concorrente, façam descontos, criem uma alternativa, beneficiem os consumidores que reclamam constantemente dos seus serviços! Há tantas soluções diferentes de entrar em guerra com um serviço que tem beneficiado tantas pessoas...
Usando como exemplo a declaração dada pelo presidente da Anatel, João Resende sobre as críticas das operadoras ao WhatsApp: "As operadoras terão de conviver com o mundo da internet, não tem saída".
- Caso Uber
Vou confessar: poucas foram as vezes que peguei um taxi, dependo exclusivamente do transporte público e poucas foram as vezes que utilizei de taxi para me locomover. Mas, faço parte do coro que tem como principais reclamações o preço alto e desconforto.
O Uber veio para ser uma ótima alternativa para os passageiros e um concorrente de peso para os taxistas. E, como toda novidade, os que estão atualmente no mercado não gostaram. O mais longe que eles conseguiram chegar foi pressionar a Câmara do Rio de Janeiro a aprovar um projeto de lei que pune aplicativos como o Uber. É claro que o texto não faz uma referência direta ao app, mas a impressão que fica é a de que ele foi feito para afetar diretamente o famoso aplicativo de táxi.
A pressa em aprovar o projeto é um dos indícios já que, apesar de solicitada várias vezes, não foi feita consulta popular sobre o projeto o que soa bem estranho já que somos nós os grandes afetados por isso.
Já que nós não tivemos voz o que resta é esperar para ver se o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vai aprovar ou vetar o projeto de lei que poderá nos afetar de uma forma bem negativa, principalmente, se levarmos em consideração que outras cidades podem fazer o mesmo, seguindo o exemplo.
O Uber veio para, assim como Netflix e WhatsApp, ser uma alternativa mais confortável e econômica do que os serviços atualmente prestados pelas empresas. Excluir a população de opinar por um serviço que ela vai utilizar não é uma atitude nem um pouco coerente.
Fonte: O Globo |