Há dois dias, nós fomos surpreendidos com a notícia de que o Brasil foi um dos países que ficaram de fora de um acordo comercial da OMC (Organização Mundial do Comércio), nela, prevê a isenção tributária para 200 produtos eletrônicos, entre eles os desejados videogames, semicondutores GPS e até aparelhos usados para exames médicos, por exemplo.
Já é de conhecimento geral que os eletrônicos são mais caros no Brasil do que em outros países e esse acordo ajudaria, e muito, principalmente em um momento de crise como o que vivemos.
Em um país onde é muito comum que sejam vendidos aparelhos por um preço absurdo, por causa das taxas tributárias, ficar de fora de um acordo importante como esse é, no mínimo loucura.
E, pior que essa atitude foi a sua justificativa: segundo Humberto Barbato presidente da Abinee( Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o Brasil nunca quis entrar nesse acordo, "Nunca quisermos participar do ITA (nome dado ao grupo de países que participam do acordo), se isso acontecesse, praticamente não teríamos indústria eletroeletrônica no país".
Semicondutores poderiam ficar mais baratos com o acordo. Fonte: baguete |
É lamentável essa atitude tomada pelo governo brasileiro, já que, a entrada de produtos importados em maior quantidade faria com que as empresas brasileiras ficassem mais estimuladas fabricar produtos de melhor qualidade, criando uma concorrência mais acirrada.
A impressão é que parece que estamos criando um muro invisível no Brasil já que só podemos ter produtos por um preço mais acessível se eles forem fabricados aqui. Isso pode até parecer bom, já que, na teoria, fortalece o mercado brasileiro, mas na prática ficamos atrasados em inovação já que as novas tecnologias ficam impedidas de entrarem aqui por causa das barreiras tarifárias.
Infelizmente, nós brasileiros, perdemos muito com isso. Enquanto 80 países fazem um importante acordo para facilitar a entrada de produtos importados, facilitando o acesso a tecnologia, apenas observamos tudo isso, de longe, enquanto ainda precisamos pagar o dobro pelo mesmo produto que lá fora custa a metade do preço.
Fontes: Época e Gamer Dungeon
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